Silvino Jacques



SILVINO JACQUES, O ÚLTIMO DOS BANDOLEIROS


um gaúcho 
predestinado
"Vou conta uma história,
Que muitos devem saber,
Mas contada por quem não viu
É justo não devem crer.
E para que todos saibam
Bem certo vou escrever."

Capitão Silvino Jacques, afilhado de Getúlio Vargas, tornou-se um bandoleiro, cuja vida e façanhas este livro relata em detalhes de um romance histórico. Nascido em São Borja (RS), desde a juventude teve uma vida tumultuada; até que uma noite, num cabaré, como ele mesmo conta nas “Décimas Gaúchas”, a vida cumpria-lhe o destino.

Na Invernada Reiúna
do Quartel em Bela Vista (MS)
Sua permanência no sul tornou-se insustentável, e, por orientação do seu padrinho, tomou o rumo do Mato Grosso. Sua participação na Revolução de 32 foi decisiva, quando às margens do Rio Perdido fulminou os constitucionalistas, levando-os a uma derrota em Porto Murtinho (MS), fato que deu a vitória aos legalistas.


Silvino e seu bando
Sem depor as armas de guerra, se colocou a serviço do latifúndio e dos interesses políticos do padrinho Presidente; este preocupado com a faixa de fronteira entre o Brasil e o Paraguai, palco de sangrentas disputas pela terra. A determinação era expulsar os paraguaios que possuíssem terras na região fronteiriça, ou simplesmente matá-los. 


Delegado Orcírio 
dos Santos
Depois da trágica morte do paraguaio, Manoelito Coelho, formou-se uma captura, comandada pelo delegado Orcírio dos Santos, que moveu ferrenha perseguição ao bandoleiro, transformando a região num palco de entreveros e atropelos. Em maio de 1939 ele é morto por um tiro de fuzil disparado pelo chefe da captura.

"Sou um gaúcho decente,
Mas nasci predestinado
Sempre andar a sofrer,
Este já foi o meu fado,
De alegria e prazeres,
Hoje vivo separado. "

                                      (Décimas Gaúchas, de Silvino Jacques)

CTG festeja na Praça Antônio João, 
em Dourados, liberação do livro 
apreendido.
Por contrariar interesses políticos e familiares, o livro “Silvino Jacques, o Último dos Bandoleiros” foi apreendido pela Justiça em 1986 e o escritor foi perseguido e ameaçado de morte, tendo que se exilar para o Pernambuco. Finalmente, a obra foi liberada pelo Tribunal do Estado, em 1992, quando o escritor foi, então, adotado pelo Pen Club International, organização ligada à ONU, em cerimônia realizada no Copacabana Palace Hotel, no Rio de Janeiro (RJ).



Saboreie esta fascinante história tomando um gole do refrescante tererê...

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